quarta-feira, 5 de setembro de 2007

...

"Tentei, em vão, encontrar-te.
Procurei-te, de forma estéril, em todas as casas e todas as ruas.
Perguntei pelo teu nome, mostrei a tua foto a todo e qualquer estranho que passasse à minha frente.
Corri, com os sapatos a baterem sonoramente nas pedras da calçada e no alcatrão e no areal da praia.
Corri até as gotas de suor me escorrerem pela cara misturadas com as lágrimas de frustração.
Não desisti nunca de ti, nem de voltar a ver-te.
Liguei-te vezes e vezes sem conta para o telemóvel, para o telefone.
Escrevi infinitas cartas a pedir-te para voltares.
Para não me largares.
NÃO ME LARGUES.

As pessoas olhavam-me com pena.
Pensavam que eu tinha enlouquecido ao persistir na busca infantil pela tua pessoa.
Mas porque!?

Agora tento, em vão, relembrar-te.
Procuro a tua mão em mim quando me deito.
Não estás.
E levaste-me contigo porque eu também já não estou.

Esforço-me sem conseguir recordar o sabor do teu beijo, nem o som da tua gargalhada, nem o cheiro da tua pele ou o toque do teu cabelo.
As vezes questiono-me se terás algum dia sido real.
Se exististe ou foste apenas um fruto da minha imaginação retorcida.

E aí, quando a duvida me assalta e me deixa à beira do desespero, esforço-me mais um pouco, as sensações regressam em chorrilho.
Tinhas prometido que não largavas a minha mão....


Perdeste-te de mim.
Perdeste-me."

in http://tpm.blogs.sapo.pt/29685.html

Sem comentários: